quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Solução para o aeroporto de Goiânia

No último dia 20, estive reunido com o presidente da Infraero Gustavo do Vale para dar prosseguimento às discussões sobre a retomada das obras do aeroporto de Goiânia. Já nos encontramos em outras oportunidades para tratarmos do mesmo assunto, pois considero lamentável a demora em resolver essa questão.

A reunião na Infraero foi extremamente significativa, pois além do compromisso assumido pelo presidente de reiniciar as obras, será elaborado um edital para a ampliação do novo aeroporto, que deve ganhar mais quatro passagens cobertas de embarque e desembarque, totalizando oito.

Na ocasião, manifestei minha insatisfação com a construção do “puxadinho”, que vai ser inaugurado no dia 24 de outubro, no aniversário de Goiânia. Na verdade, a nossa capital merece muito mais. Me recuso, até mesmo, em dar continuidade a esse assunto de “puxadinho”.

O nosso trabalho é para que sejam retomadas com rapidez as obras do aeroporto, inclusive com as ampliações necessárias. Desde a paralisação das obras, estamos lutando para que se resolva essa pendenga. No ano passado, nos reunimos com o ex-presidente do TCU, Ubiratan Aguiar, juntamente com outros líderes partidários, para cobrar uma posição quanto ao aeroporto da capital.

A minha intervenção foi reproduzida no jornal O Globo daquela época pelo colunista Ilimar Franco: “Um café marcado pelo presidente do Tribunal de Contas da União, Ubiratan Aguiar, com lideranças da Câmara e os ministros do TCU, anteontem, degringolou. Os deputados da base governista atacaram o tribunal devido às suas decisões de paralisação de obras com suspeitas de irregularidades. O mais contundente foi o líder do PR, deputado Sandro Mabel (GO), irritado com a suspensão das obras do aeroporto de Goiânia”.

Logicamente, não estávamos condenando o TCU por investigar suspeita de irregularidade, mas sim a lentidão com que o caso era tratado. Os prejuízos para Goiás com a paralisação das obras do aeroporto são incalculáveis. O exemplo mais claro é o fato da nossa capital não ter sido escolhida como uma das sedes da Copa do Mundo, que com certeza, a atual situação do aeroporto contribuiu sobremaneira para a desclassificação da cidade.

A construção do novo aeroporto, iniciada em 2005, foi interrompida dois anos depois porque empresas que perderam a licitação entraram na Justiça pedindo a suspensão do processo. Em 2008, quando os trabalhos deveriam ser finalizados, o TCU anulou o contrato de concessão devido suspeita de irregularidade.

O estudo realizado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), apontando o aeroporto de Goiânia como o segundo pior do País na relação entre capacidade e taxa de ocupação, sustenta a nossa luta para a retomada das obras do terminal.

É alarmante a diferença da capacidade operacional do aeroporto de 600 mil passageiros para uma movimentação registrada em 2010 de 2,3 milhões de pessoas. Isso equivale a 391,5% acima de sua condição. É algo inadmissível. A realidade é que todos nós que utilizamos, constantemente, o aeroporto de Goiânia estamos sob riscos.

Temos o compromisso de continuar exigindo a retomada da construção do novo aeroporto por considerá-lo de extremo significado para os goianos. Em todas as esferas de poder, não mediremos esforços para mostrar a ação maléfica que estão praticando contra o Estado de Goiás.

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