quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Uma luta intensa pelo aeroporto

No dia 20 de setembro, estive reunido com o presidente da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), Gustavo do Vale, para dar prosseguimento às discussões sobre a retomada das obras do aeroporto de Goiânia. Foram dezenas de reuniões que nós fizemos, tanto na Infraero, como no Tribunal de Contas da União (TCU) em busca de uma solução para o problema. Essa tem sido uma atuação firme da nossa bancada de infraestrutura na Câmara Federal e dos nossos senadores, como a senadora Lúcia Vânia.

A reunião na Infraero foi extremamente significativa, pois além do compromisso assumido pelo presidente de reiniciar as obras, será elaborado um edital para a ampliação do novo aeroporto, que deve ganhar mais quatro passagens cobertas de embarque e desembarque, totalizando oito. Na ocasião, manifestei minha insatisfação com a construção do “puxadinho”, que foi inaugurado no dia 24 de outubro, no aniversário de Goiânia, pois a nossa capital merece muito mais.

O nosso trabalho é para que sejam retomadas com rapidez as obras do aeroporto, inclusive com as ampliações necessárias. Desde a paralisação das obras, estamos lutando para que se resolva essa pendenga. No ano passado, nos reunimos com o ex-presidente do TCU, Ubiratan Aguiar, juntamente com outros líderes partidários, para cobrar, mais uma vez, posição quanto ao aeroporto da capital.

A minha intervenção foi reproduzida no jornal O Globo daquela época pelo colunista Ilimar Franco: “Um café marcado pelo presidente do Tribunal de Contas da União, Ubiratan Aguiar, com lideranças da Câmara e os ministros do TCU, anteontem, degringolou. Os deputados da base governista atacaram o tribunal devido às suas decisões de paralisação de obras com suspeitas de irregularidades. O mais contundente foi o líder do PR, deputado Sandro Mabel (GO), irritado com a suspensão das obras do aeroporto de Goiânia”.

Logicamente, não estávamos condenando o TCU por investigar suspeita de irregularidade, mas sim a lentidão com que o caso era tratado. Os prejuízos para Goiás com a paralisação das obras do aeroporto são incalculáveis. O exemplo mais claro é o fato da nossa capital não ter sido escolhida como uma das sedes da Copa do Mundo, que com certeza, a atual situação do aeroporto contribuiu sobremaneira para a desclassificação da cidade.

Manifesto minha alegria pela posição do presidente do TCU, ministro Raimundo Carneiro, de afirmar também que as obras do aeroporto podem ser retomadas em breve. Nós estamos buscando há muito tempo um acordo entre a Infraero e o Consórcio Odebrecht/Via Engenharia, responsável pelas obras, que discordavam dos valores a serem pagos pelo que já foi feito.

A construção do novo aeroporto, iniciada em 2005, foi interrompida dois anos depois porque empresas que perderam a licitação entraram na Justiça pedindo a suspensão do processo. Em 2008, quando os trabalhos deveriam ser finalizados, o TCU anulou o contrato de concessão devido suspeita de irregularidade.

O estudo realizado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), apontando o aeroporto de Goiânia como o segundo pior do País na relação entre capacidade e taxa de ocupação, sustenta a nossa luta pela retomada das obras do terminal.

É alarmante a diferença da capacidade operacional do aeroporto de 600 mil passageiros para uma movimentação registrada em 2010 de 2,3 milhões de pessoas. Isso equivale a 391,5% acima de sua condição. É algo inadmissível. A realidade é que todos nós que utilizamos, constantemente, o aeroporto de Goiânia estamos sob riscos.

Temos o compromisso de continuar exigindo a retomada da construção do novo aeroporto por considerá-lo de extremo significado para os goianos. Em todas as esferas de poder, não estamos medindo esforços para solucionar em definitivo essa questão, em um trabalho de parceria com a nossa bancada, sempre atenda às demandas da população.

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