quinta-feira, 27 de maio de 2010

Uma carga tributária abusiva

Essa semana, em vários Estados, a população se manifestou contra a alta carga tributária praticada no Brasil. O brasileiro tem que trabalhar quase 150 dias por ano para pagar os impostos aos governos federal, estaduais e municipais, algo inaceitável para um país que quer crescer e se consolidar como uma verdadeira potência internacional.

A carga tributária é composta basicamente pelo Imposto de Renda, contribuição previdenciária e sindical, mas pagamos tributos também sobre o consumo, no preço dos produtos e serviços e sobre o patrimônio.

Um estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) mostrou que em 2008 o brasileiro comprometeu 40,51% de sua renda bruta para o pagamento de tributos diretos e indiretos. Desde o início de 2010, a arrecadação tributária já corresponde a mais de R$ 400 bilhões.

O estudo mostrou ainda que hoje se trabalha o dobro, em comparação à década de 70, para pagar os impostos, já que a média para o período era de 76 dias trabalhados. O cidadão está exposto a um sacrifício enorme para bancar as estruturas de governos e nem sempre tem um serviço de qualidade, a altura do necessário.

Não me darei por vencido na tentativa de ver implantado no Brasil uma reforma tributária capaz de alterar todo o sistema para melhor. Mais uma vez, cobramos a votação do projeto que se encontra na Câmara dos Deputados, pois ele vai corrigir injustiças e atualizar as nossas leis que estão defasadas há mais de 40 anos.

O nosso principal objetivo é fazer com que a população pague menos impostos e tenha mais recursos para honrar os seus compromissos. Não se pode olhar o projeto de forma pontuada, sem considerar o todo. No geral, a proposta é a solução para esta abusiva cobrança de impostos no País.

Um dos pontos importantes é a redução de 20% na carga tributária de quem ganha até cinco salários mínimos, que cairá de 48% para 28%. O que significa que quem recebe R$ 1 mil por mês, por exemplo, terá R$ 200 a mais para colocar no bolso. Goiás, com a reforma, receberá cerca de R$ 730 mi por ano para investir na atração de indústrias, gerando mais emprego e renda para a população. Os municípios, que enfrentam dificuldades financeiras, passam a ter acesso aos recursos do PIS e Cofins, reforçando o caixa das prefeituras.

A nossa intenção é reduzir a carga tributária que recai sobre os ombros da sociedade, cansada de trabalhar por vários meses somente para pagar os impostos, e ao mesmo tempo não consegue ver atendida as suas necessidades básicas. É lamentável que quem ganha menos, paga mais impostos no País. É isso que queremos mudar em nossas leis.

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