Goiás mais competitivo

A visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao Brasil, no último final de semana, pode ser entendida como um importante passo nas relações entre os dois países. Mesmo que efetivamente não tenha havido assinatura de acordos substanciais, esperados e de resultados imediatos. Mas o fato do presidente americano ter reconhecido que precisa tratar o Brasil no mesmo nível, já é algo satisfatório.

Diferentemente de outros presidentes, como George W. Bush, arrogante e prepotente, Obama foi cordial e abriu uma possibilidade de entendimento no futuro sobre pontos polêmicos, como a ampliação da importação de produtos brasileiros e um possível apoio ao Brasil à tão sonhada vaga no Conselho de Segurança da ONU.

Como são questões que se arrastam há anos, não esperávamos, agora, o anúncio de qualquer medida nesse sentido. O fundamental é que foi aberto um canal de negociação que pode ser promissor. A visita tem também importância histórica por ser o primeiro presidente negro dos Estados Unidos a se encontrar com a primeira mulher a comandar o Brasil.

Do ponto de vista econômico, fiquei feliz pelo interesse do mercado americano no etanol, o que pode beneficiar Goiás por ser um grande produtor. Melhor ainda, é que estamos fazendo o dever de casa ao investir em infraestrutura de transporte, essencial para tornar o nosso produto mais barato e competitivo.

O reconhecimento dos Estados Unidos e o interesse pelo etanol nos incentivam a lutar por mais investimentos no Estado, e ao mesmo tempo, é a garantia de que estamos no caminho certo. Cito como exemplo a ferrovia Norte-Sul. Há muitos anos, estamos trabalhando para a sua implantação. Nos reunimos com o então presidente Lula e reivindicamos a continuidade do projeto. Colocamos recurso no Orçamento para as obras, e defendemos a ampliação da ferrovia para o Sudoeste de Goiás, o que vai beneficiar uma das mais significativas regiões produtoras de grãos do País.

Conduzida tão bem pelo presidente da Valec, José Francisco das Neves, o Juquinha, a implantação da ferrovia vai transformar a nossa economia. São milhares de postos de trabalho abertos, e quando estiver operando na sua integralidade, ela vai ser responsável pela abertura de muitas indústrias. Vão ser criados milhares de empregos, abrindo uma nova perspectiva para a nossa gente.

Como coordenador da bancada de infraestrutura de Goiás, conseguimos, também, a duplicação da BR- 060, entre Goiânia e Jataí e da Belém-Brasília. Só na BR-060, esse ano, vão ser investidos R$ 400 milhões. Em um tempo muito rápido, conseguimos todas as licenças ambientais para a duplicação da rodovia. Fomos aos órgãos para aprovação dos projetos, com o objetivo de dar agilidade às obras. Faz-se necessário ressaltar o apoio do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, que tem sido um parceiro do nosso Estado e a união de bancada de infraestrutura da Câmara dos Deputados.
O que se vislumbra no horizonte é um futuro mais digno para as nossas gerações, principalmente, se tomarmos a medidas necessárias na atualidade e nos esforçarmos em conjunto, sem cor partidária, para mudar o que está errado. A visita do presidente Obama pode ser o pontapé para novos negócios entre o Brasil e os Estados Unidos, com reflexos positivos em Goiás. Como um desenvolvimentista, trabalho e torço para que tenhamos um Estado que atenda os interesses da nossa sociedade, principalmente da parte menos privilegiada.