sexta-feira, 8 de abril de 2011

Projetos preveem detectores de metal nas escolas

A tragédia ocorrida no Rio de Janeiro, em que um jovem matou 12 crianças em uma escola, reacendeu o debate sobre a restrição ao uso de armas e a um controle maior em prédios públicos. Projetos de lei que pedem a instalação de detectores de metal nas escolas já existem na Câmara dos Deputados e na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Na esfera federal, a proposta do deputado federal Sandro Mabel (PR-GO) inclui ainda aparelhos de raio-X entre os equipamentos obrigatórios na entrada de unidades de ensino, tanto públicas quanto privadas.

Todas as pessoas deverão passar pelas máquinas ao entrar nas escolas, inclusive alunos e funcionários do lugar.

“Se já estivesse em prática (a lei), essa tragédia não teria acontecido”, disse Mabel. O texto foi apresentado neste ano e é analisado pela Comissão de Educação da Casa.

No Estado do Rio o projeto é da vereadora Teresa Bergher (PSDB), e pede ainda guardas-municipais nas instituições de ensino. Ela agora quer que o texto tramite em caráter de urgência. Na Assembleia, uma proposta semelhante foi arquivada na legislação anterior.

Tragédia
Na manhã desta quinta-feira, Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, protagonizou um trágico massacre no Brasil, contra crianças de uma escola municipal em Realengo na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Sem motivo aparente, armado com dois revólveres e com um cinturão de carregadores, o jovem disparou mais de cem tiros contra os estudantes. Em seguida, após ser atingido por um policial militar, se matou.

Wellington é filho adotivo de Guido Bulgana Cubas de Oliveira e Dicéia Menezes de Oliveira, os dois já estão mortos. Ele foi adotado quando ainda era bebê. A irmã de criação do assassino, Rosilane de Oliveira, de 49 anos, afirmou que ele não tinha amigos, ultimamente havia deixado a barba crescer e se interessado por temas islâmicos.

O jovem que era ex-aluno da instituição não tinha antecedentes criminais. Na carta encontrada com o atirador ele fala de questões religiosas e dá indícios de que o ataque foi premeditado. Wellington pede ainda para que as pessoas que fossem cuidar do enterro dele, para lhe banhar, secar envolver em um lençol branco que ele deixou, em uma bolsa dentro de uma sala da escola. O assassino pediu ainda para ser enterrado ao lado da sepultura da mãe.

Perícia
Durante a varredura na residência do assassino, a Polícia Civil encontrou um local destruído e computadores queimados. Não foi achado nenhum sinal de bebida alcoólica ou drogas.

O assassino morava sozinho há cerca de oito meses em Sepetiba, também na zona oeste da cidade. Segundo conhecidos, ele tinha comportamento estranho.

Fonte: Band

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