sexta-feira, 1 de abril de 2011

Detector de metal nas escolas

É lamentável a violência que temos observado nas escolas públicas e particulares em todo o País, principalmente nos estabelecimentos mantidos pelos governos. Casos de agressões a professores, alunos e servidores mancham o ambiente educacional, que deveria servir unicamente para a construção da cidadania.

Uma recente pesquisa publicada pela UNESCO apresentou dados relevantes: 40% dos professores brasileiros consideram as gangues de jovens e as drogas os maiores problemas das escolas no Brasil; 50% dos alunos brasileiros têm o aprendizado prejudicado pela violência dentro dos estabelecimentos de ensino; 3 em cada 10 alunos das escolas particulares de Cuiabá já foram vítimas de assalto a mão armada no próprio local e metade dos professores de São Paulo já relatou ameaças de agressão.

Armado com um revólver velho e descarregado, um adolescente de 15 anos assaltou uma professora em plena sala de aula no último dia 15 em Porto Alegre. O menor roubou R$ 10 da professora, que havia acabado de dar uma aula. Com a sala quase vazia, o adolescente sacou o revólver e anunciou o assalto.

Em Goiás, a realidade não é diferente. Constantemente, são relatados casos de agressões dentro das escolas com o uso de armas brancas e até mesmo de fogo. Sabemos que o assunto é muito complexo, mas todas as ações que visam reduzir a violência nos estabelecimentos de ensino são importantes.

Com esse propósito, apresentei Projeto de Lei que obriga as escolas públicas e particulares a instalarem detector de metal.  É preciso conter a entrada de armas nesses lugares e preservar o ambiente de ensino. A medida é essencial, especialmente, nas escolas das periferias das grandes cidades que são as que mais sofrem com o crescente aumento da violência.

Defendendo, também, uma maior integração entre professores, alunos, servidores e comunidade para que os problemas existentes sejam discutidos de forma ampla, buscando sempre um caminho adequado. Lamentavelmente, alunos de famílias desestruturadas têm potencial maior para cometer crimes.

Outro ponto que julgo necessário, além de uma polícia diferenciada, que saiba lhe dar com esse tipo de ocorrência, é a participação mais efetiva dos Conselhos Tutelares, que devem ter estrutura suficiente para acompanhar de perto a realidade nas escolas. Não tem como combater a violência nos estabelecimentos de ensino sem uma mobilização de todos os órgãos, de toda a sociedade.

O nosso projeto é parte integrante de um movimento para reduzir um mal, que a cada dia, faz mais vítimas nas escolas. Um ambiente conturbado é capaz de prejudicar o sonho de muita gente e de destruir o verdadeiro propósito da escola que é educar, promover a cidadania, socializar e desenvolver a pessoa. Estamos atentos e agindo para que a educação, de fato, possa transformar o Brasil em um país de oportunidades para todos.

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