sexta-feira, 23 de abril de 2010

Pressão para a retomada das obras do aeroporto

Na semana que passou, os líderes dos partidos na Câmara dos Deputados se reuniram com os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) para cobrar uma posição sobre o andamento das obras de alguns aeroportos no País. Como líder de uma bancada atuante no Congresso Nacional, me posicionei duramente em favor da retomada da execução dos serviços no aeroporto Santa Genoveva em Goiânia.

A minha intervenção junto ao presidente do TCU, Ubiratan Aguiar, rendeu, inclusive, uma nota na Coluna Panorama Político do jornal O Globo do dia 16 deste mês, escrita por Ilimar Franco, que faço questão de reproduzir. “Um café marcado pelo presidente do Tribunal de Contas da União, Ubiratan Aguiar, com lideranças da Câmara e os ministros do TCU, anteontem, degringolou. Os deputados da base governista atacaram o tribunal devido às suas decisões de paralisação de obras com suspeitas de irregularidades. O mais contundente foi o líder do PR, deputado Sandro Mabel (GO), irritado com a suspensão das obras do aeroporto de Goiânia”.

Reconhecemos a importante função do tribunal e sua preocupação em apurar as suspeitas de irregularidades, mas não concordamos com a morosidade com que o assunto está sendo tratado. Vamos além: se há irregularidades, que se puna os responsáveis, mas é fundamental entender que a paralisação total das obras acarreta prejuízos imensos à sociedade.

A reforma, iniciada em 2005, foi interrompida dois anos depois porque empresas que perderam a licitação entraram na Justiça pedindo a suspensão do processo. Em 2008, quando os trabalhos deveriam ser finalizados, o TCU anulou o contrato de concessão devido suspeita de irregularidade. O prazo, agora, de entrega dos trabalhos passou para 2012, fazendo subir de R$ 257 milhões para R$ 329,24 milhões os custos da obra.

O desperdício de recursos no País com a burocracia e a lentidão é algo revoltante. O Brasil perde tempo com discussões subjetivas enquanto assiste ao crescimento de outras nações. O que cobramos é a apuração dos fatos e rapidez na conclusão dos processos.

A expansão do terminal do aeroporto de Goiânia de seis mil para 28 mil metros quadrados aumentará a capacidade de embarque e desembarque de 600 mil para dois milhões. Isso vai contribuir para o fortalecimento da nossa economia e permitir segurança e comodidade aos passageiros. Nada mais justo do que oferecer dignidade àqueles que utilizam o sistema aéreo na capital.

Estamos deixando de receber eventos em função da precariedade do nosso aeroporto, ocasionando a redução de emprego e renda para a nossa gente. As condições do atual foram um dos motivos que nos levou a perder a Copa do Mundo de 2014.

Temos o compromisso de continuar exigindo a retomada da construção do novo aeroporto, por considerá-lo de extremo significado para os goianos. Em todas as esferas de poder, não mediremos esforços para mostrar a ação danosa que estão praticando contra o Estado de Goiás. Nem que para isso, tenhamos que endurecer nas cobranças.

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