quinta-feira, 10 de junho de 2010

Uma luta pela valorização dos administradores

A mobilização dos administradores é essencial para o fortalecimento da categoria e para a conquista dos espaços na sociedade. Quanto mais unidos, melhores serão os resultados. Ao longo da minha atividade política, sempre me coloquei a disposição dos profissionais para a discussão, apresentação e votação de projetos que pudessem resultar em avanços para a Administração. E isso tem acontecido. Como administrador e empresário, reconheço a valiosa contribuição que a categoria pode emprestar para o crescimento do País. Não tenho dúvida em afirmar que se tivéssemos mais administradores nas funções públicas, os municípios, Estados e União dariam um salto maior no desenvolvimento. Inclusive, essa é a nossa luta.

Na Câmara dos Deputados, em parceria com o Sinago - Sindicato dos Administradores de Goiânia - do presidente Samuel Albernaz, apresentei inúmeras propostas no sentido de ampliar a participação dos administradores nas esferas de poder, como a que cria a carreira de administrador municipal, a que permite que as sociedades formadas por administradores recolham o Imposto Sobre Serviços (ISS) com base no número de sócios, a inclusão dos portadores de diploma do curso de Administração entre os que podem integrar a categoria funcional de Perito Criminal Federal e o Dia Nacional do Administrador a ser comemorado, anualmente, em 9 de setembro.

Recentemente, levamos ao debate a proposta que institui o piso nacional para a categoria do serviço público no valor de R$ 1.484,58, nos mesmos termos do Estado do Rio de Janeiro, que possui o segundo maior PIB do País. A nossa ideia é dar a partida, de maneira responsável, a uma discussão importante sobre a remuneração inicial da categoria em um segmento que infelizmente ainda não soube reconhecer o significado da presença de um administrador.

Não estamos definindo um teto máximo, mas uma remuneração inicial e realista diante da situação orçamentária vivida pela administração pública e, sobretudo, diante das desigualdades macrorregionais de um país de dimensões continentais, como o Brasil. O nosso desejo, e trabalhamos nessa linha, é dar o melhor factível para a categoria. No entanto, há que se considerar que a realidade dos Estados do centro-sul não é a mesma vivida pelas demais unidades da federação. Não podemos fixar valor que favoreça, em última análise, o desemprego ou o subemprego dos administradores.

Nesse viés, estão sob análise propostas de emenda do projeto, como a já apresentada pelo Sinago, com valor correspondente a 8,5 salários mínimos para jornada de 40 horas semanais e de 6 salários mínimos para jornada de 30 horas semanais. Somos defensores intransigentes dos profissionais que devem ser valorizados e ter a participação ampliada em todos os campos de atuação, e, nesse contexto, a luta pelos interesses dos administradores urge.

A nossa batalha é para que mais e mais administradores assumam funções públicas e possam aumentar a eficiência dos serviços prestados à população. A formação ampla do administrador vai permitir com que ele atue em diversas áreas e execute um trabalho de enxugamento da máquina estatal, com corte de desperdícios e uma melhor aplicação do dinheiro dos impostos.

Um dos segredos dos Estados Unidos é que o País valorização a Administração, e esse deve ser o nosso caminho. Uma empresa bem administrada e um órgão público bem administrado proporcionam os resultados que a sociedade espera. Por isso, a união da categoria, a compreensão das conquistas já alcançadas, a mobilização em torno de objetivos comuns contribuem para a consolidação e o reconhecimento desses profissionais de grande valor para o Brasil. Já avançamos muito, e estamos dispostos a continuar nesse trabalho em defesa dos administradores.

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