quinta-feira, 4 de março de 2010

Goiás precisa aproveitar o momento

O BNDES divulgou recentemente que o País deve investir R$ 274 bilhões em infraestrutura até 2013, 37% maior do que o período entre 2005 e 2008, anterior à crise econômica. A medida é extremamente significativa por ser um setor essencial para o desenvolvimento do Brasil. São recursos para projetos em energia elétrica, portos, telefonia, estradas e ferrovias. O montante corresponde a 14,7% do orçamento federal estimado para esse ano, de R$ 1,86 trilhão.

O levantamento do BNDES considera investimentos públicos e privados. O importante é que essa é uma área capaz de alavancar outros projetos, por isso deve receber uma atenção especial por parte dos governos e dos empresários. No comparativo com as maiores economias do mundo, o Brasil ainda precisa avançar quanto à destinação de recursos para infraestrutura, mas os esforços estão sendo feitos.

Em outros governos passados não houve preocupação suficiente quanto à necessidade de fortalecer esse setor, com exceção da telefonia, o que acabou resultando em crise do apagão, ferrovias empacadas (Norte-Sul é exemplo), estradas em estado deplorável, assim por diante.

Tomemos com base o Estado de Goiás. Nos últimos anos, ajudamos a trazer mais de R$ 2 bilhões em recursos para a infraestrutura, o que vem melhorando significativamente a malha rodoviária federal, além da retomada da construção da Ferrovia Norte com a inclusão de um ramal passando pela região Sudoeste.

Estamos trabalhando para ampliar as verbas destinadas para Goiás em transportes, em uma ação conjunta da bancada federal. Esse ano, o Estado terá a 3ª maior verba do País para esse setor, o que corresponde a 75% mais do que em 2009.

A realidade é que um Estado só consegue atrair investimentos, industrializar-se, com uma infraestrutura adequada. Uma empresa dificilmente abre suas portas sem avaliar o potencial de uma região, como a capacidade de geração de energia, mão-de-obra, escoamento da produção, consumo, entre outros requisitos básicos. A falta disso pode significar prejuízos incalculáveis, como estamos observando em função dos problemas herdados com a Celg.

O empresariado chega ao ponto de não ampliar os negócios por causa da crise financeira da companhia, o que é lamentável. Empresas deixam de criar empregos, tornando a vida das pessoas mais difícil. Quando há uma deficiência em relação à infraestrutura, os produtos podem encarecer, prejudicando diretamente a população.

Goiás tem que aproveitar o atual momento da economia nacional que prevê investimentos em setores fundamentais. São eles que contribuirão para tornar o nosso Estado forte, e com capacidade de resolver os graves problemas na Educação, Saúde, Segurança Pública, Habitação, entre outros. O próximo governante deve possuir eficiência comprovada em gestão, priorizar o bem coletivo e seguir com os ajustes que estão sendo feitos pelo atual governo.

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