quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

É preciso reduzir a violência

As estatísticas sobre a criminalidade nos deixam alarmados, exigindo tomada de posição eficaz dos governos e da própria população. Os noticiários trazem constantemente o retrato da violência. Aceitar pacificamente a execução de crianças, jovens, pais de família e idosos só faz aumentar o poder da desordem. Louvo a atitude de quem cobra justiça, não se calando diante da barbárie.

A insegurança invade os locais que deveriam servir somente para aprendizagem, como as escolas. Por isso, apresentamos projetos, na Câmara dos Deputados, que podem melhorar a segurança nos estabelecimentos de ensino, como a instalação de detector de metal. Nos preocupamos, também, com o gerenciamento dos presídios, com a falta de investimentos adequados para a recuperação dos detentos.

Defendemos a terceirização das administrações do sistema penitenciário e oportunidades para que os presos possam trabalhar. Recentemente, estivemos reunidos com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, para cobrar a liberação de mais recursos e a ampliação do Pronasci, Programa Nacional de Segurança Pública. Temos contribuído com o crescimento de muitas cidades, ajudando na liberação de verbas, e na melhoria da qualidade de vida de nossa gente.

Cumprimento o prefeito de Senador Canedo, Túlio Sérvio, por ter inaugurado um novo Centro de Apoio Psicosocial (CAPS – ad) especializado no tratamento de dependentes de álcool e drogas. A unidade representa, de fato, uma esperança para mais de 2 mil pessoas e seus familiares que sofrem com o problema.  Com uma equipe multiprofissional, composta por psiquiatra, enfermeiro com formação em saúde mental, psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, artesão,  pedagogo e outros especialistas, o centro de recuperação torna-se essencial na vida de muitas pessoas.

As causas que levam à situação de extrema violência não são poucas. Têm raízes profundas. Considero o ambiente familiar como um forte componente, também, nesse processo que pode desaguar na mutilação dos sonhos, na degradação humana. O futuro recebe a influência do ambiente infantil. Um simples gesto de presentear uma criança com uma arma de brinquedo pode contribuir para um comportamento inadequado mais adiante.

É preciso cuidar das crianças. A missão de educar, primeiramente, é dos pais. Essa é uma responsabilidade que não podemos delegar a qualquer um que seja. A escola e os amigos devem ser complementos na formação da personalidade do indivíduo.

Estamos na era da velocidade, do consumismo, da desigualdade econômica que precisa ser superada, mas não se deve esquecer dos princípios básicos que preenchem lagunas indispensáveis àqueles que querem se tornar um grande vencedor.

Não podemos abandonar a religião, a moral, a ética, o respeito, a unidade do lar. As políticas públicas devem ter como foco a família. O dinheiro arrecadado tem que ser transformado em mecanismos que atendam esse princípio. As crianças e jovens precisam de unidades educacionais melhores, terem acesso à Saúde de qualidade. 50 % das nossas emendas, esse ano, vão ser destinadas para hospitais e postos de saúde.  

A atuação de todos deve ser no sentido de resgatar a boa convivência familiar e lutar para que os governos cumpram com suas obrigações. Sem isso, tudo fica mais difícil. O combate direto ao tráfico de drogas, ao contrabando de armas, o endurecimento das penas, a recuperação do detento são ações importantes que devem estar aliadas à uma convivência saudável dentro de casa. É possível baixar os índices de violência com esforço e determinação. É isso que nós queremos e lutamos.

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