quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Setor industrial, investimentos e reforma

Mais uma vez o setor industrial em Goiás, mesmo diante de graves problemas, mostrou vigor e a sua importância no desenvolvimento econômico e social do Estado. Em recente pesquisa divulgada pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), de janeiro a junho deste ano, as vendas cresceram 7,44%, os salários pagos subiram 11,12% e as horas trabalhadas tiveram aumento de 17,41%. A expectativa é fechar o ano com uma alta nas vendas de 5,5% em comparação com 2009.

É salutar a evolução no crescimento industrial, mas precisamos enfrentar alguns desafios para que o setor avance ainda mais. Responsável por gerar impostos, emprego e renda, a industrialização tem interferência direta na qualidade de vida da população. A abertura de novos postos de trabalho dá a oportunidade ao cidadão de buscar outros horizontes.

Estamos atuando em duas frentes que têm interferência direta no fortalecimento do setor industrial em Goiás e, por conseguinte, na perspectiva de melhores dias para os goianos, que são a recuperação da infraestrutura e um sistema tributário brasileiro mais justo e eficiente.

A chiadeira é geral dos empresários por causa da necessidade de mais investimentos na infraestrutura. Com razão, pois nos governos passados pouco se aplicou nesse setor, o que está refletindo agora na expansão e abertura de empresas, principalmente devido aos problemas enfrentados pela Celg. Com parcos recursos, devido às dificuldades financeiras herdadas, as nossas estradas estaduais têm recebido uma atenção aquém do necessário.

Diante dos problemas de ordem econômica, restou ao governo de Goiás contar com apoio da União. As nossas rodovias federais estão tendo esse ano o terceiro maior volume de verba do País para a sua recuperação e duplicação, e muitos outros recursos estão sendo disponibilizados para saneamento básico em diversos municípios.

Uma das grandes necessidades do setor empresarial e da sociedade de uma forma geral é o aperfeiçoamento da arrecadação e distribuição dos impostos. Como relator da reforma tributária, entendemos que há condições de alterar as leis para que se tornem um instrumento capaz de alavancar a nossa economia. É preciso reduzir a participação dos tributos federais no PIB brasileiro, bem como dos tributos estaduais no PIB goiano. Isso só será possível se simplificarmos esse emaranhado de leis e normas existentes.

Tenho lutado para melhorar o sistema tributário nacional, com propostas de unificação e redução de impostos, desoneração da folha de pagamento e a formalização de empresas, além de outras medidas extremamente importantes para o País. Em função da complexidade da nossa legislação, que permite inúmeras interpretações, as empresas têm que gastar alto custo com equipes de analistas tributários, o que reduz a sua competitividade.

Queremos continuar defendendo os interesses dos empresários, dos trabalhadores e da população, que devem receber dos governos uma maior atenção. O setor produtivo tem que ser valorizado, e o dinheiro dos impostos, transformado em benefícios para a sociedade. Essa é uma bandeira que quero continuar carregando em prol da população do meu Estado.

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